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Esporte


De princesa da família à campeã de MMA, Viviane Sucuri sonha com UFC
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Na infância, nada de bonecas ou "clube da Luluzinha". Primeiro veio o futebol, depois a capoeira e, por último, o kung fu. Hoje atleta de MMA, Viviane Pereira é conhecida como Viviane "Sucuri". As seis vitórias nos seis combates que disputou assustam, à primeira vista, mesmo com apenas 1,54m. Mas a cearense de 20 anos, nascida em Tauá, só intimida dentro do octógono. Fora do ringue, a timidez a impede de se soltar até no começo de uma entrevista.
 
A família, no começo, "bateu o pé". Não se aceitava que a "princesa da família" virasse uma lutadora de artes marciais. Hoje, já morando só, Viviane, que nasceu em Tauá, município no interior do Ceará, colhe os frutos de uma carreira que esbarrou no preconceito e em inúmeras dificuldades.
 
- O pessoal dizia que eu tinha alma de menino, quando era criança. Hoje fica até um papo estranho com as minhas amigas. Enquanto elas falam de namorados, roupas da moda, novelas, eu falo de nocautes, finalizações. É um papo que não combina - afirmou, entre risos.
 
Sem mulheres para disputas na categoria amadora de kung fu, Viviane foi direto para o profissional. E não fez feio. No MMA, não sabe o que é perder. Já são seis vitórias em seis combates. Na carreira, contando o kung fu, 16 duelos. A única derrota veio em uma competição que ela sequer aprovou previamente a própria participação.
 
- Uma vez me colocaram para lutar o Pan-Americano de jiu-jitsu. Na primeira luta, no Absoluto, eu finalizei. A segunda foi 17 a 0. Na final, perdi por uma vantagem para a melhor do ranking. Pro uma vantagem. E olha que eu nem queria participar da competição - relembrou.
 
Preconceito, maquiagem e inspiração
 
O preconceito veio de casa. A família foi a primeira a proibir a participação de Viviane em competições de artes marciais. Em uma certa vez, voltou para casa com os olhos tão inchados que sequer podia enxergar. A mãe ficou desesperada.
 
- Teve uma luta que cheguei em casa com os dois olhos "tapados" e a minha mãe enlouqueceu. Disse que nunca mais eu ia fazer isso. Passei quinze dias sem enxergar nada. Mas agora eu moro só, daí não tenho mais preocupação quanto a isso - brincou.
 
Os músculos definidos e os golpes rápidos complementam a maquiagem e os cuidados com os detalhes antes de cada luta. Até os protetores bucais têm um toque feminino, o que já rendeu elogios à cearense. 
 
- Uma vez, uma comentarista me elogiou porque mesmo no estilo masculino da luta, eu estava usando batom e protetor bucal rosa. Mas eu sou assim. Para todo canto que eu vou é maquiada, com bolsa, roupa bonitinha - explicou.
 
Com a fórmula do sucesso, Viviane Sucuri quer ir longe e chegar ao UFC. Ainda sem conhecer o sabor amargo de uma derrota, a cearense sabe que nenhum atleta é invencível, mas trabalha para dificultar cada vez mais o trabalho das adversárias.
 
- Não sei o meu limite. O céu talvez seja o limite. O que tiver que aparecer para a gente buscar, a gente vai atrás. Meu sonho é o UFC. As pessoas até brincam que eu tenho que pegar a Ronda Rousey (campeã peso-galo do UFC), mas infelizmente ela é de outra categoria. Ela é 61kg e eu sou 52kg. Costumo dizer que eu não sou imbatível, mas me vencer não é fácil - afirmou.
 
Inspiração para outras tantas mulheres que praticam MMA, Viviane sabe o peso e a responsabilidade que carrega cada vez que entra no octógono. O preconceito contra mulheres no esporte ainda é flagrante, mas Viviane acredita que seu trabalho pode ajudar a diminuir o pensamento negativo de algumas pessoas.
 
- Infelizmente ainda existe preconceito do "macharal", mas estamos quebrando esse tabu. Muitas meninas chegam para mim depois das lutas delas e dizem que eu sou uma inspiração, que treinam para chegar aonde eu estou. Isso é bom. Faz com que você se motive a treinar cada vez mais para mostrar para elas que elas também podem ir longe. 
 
 
 
 
 
Fonte: Globo Esporte

 

 

 

 

 


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