Está oficialmente encerrado o julgamento do dirigente-mor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, segundo comunicado emitido por tribunal de Munique nesta quarta-feira. O dirigente, acusado de subornar um banqueiro alemão no processo de venda dos direitos comerciais da categoria, pagou cerca de US$ 100 milhões (R$ 227 milhões), valor acordado na semana passada.
No último dia 5, o tribunal referendou um acordo entre a promotoria e os advogados de Ecclestone que determinou uma semana para o pagamento de US$ 100 milhões - US$ 99 milhões para o Estado e o valor restante para uma organização assistencial - e o encerramento do julgamento. O dirigente corria risco de pegar até 10 anos de prisão se o acordo não fosse realizado, mas ele acabou beneficiado pelas leis alemãs, que permitem esse tipo de acordo.
Bernie Ecclestone respondia acusações de suborno e sonegação fiscal. Era acusado de pagar US$ 44 milhões (R$ 100 milhões) ao banqueiro alemão Gerhard Gribkowsky, que cumpre pena por ter aceitado a oferta. O dirigente da F-1, no entanto, negou tudo e disse que sofreu uma tentativa de extorsão, só tendo desembolsado a quantia após ter sido chantageado pelo banqueiro, que teria ameaçado denunciar irregularidades fiscais de Ecclestone no Reino Unido.
- Então me sinto um pouco idiota por fazer o que fiz, porque o problema não era o juiz, mas os promotores. De qualquer forma, está acabado, e estou contente. Isso me permite fazer o que faço melhor, que é cuidar da Fórmula 1.
As férias da categoria já entraram na reta final, e as equipes começam a se preparar para o GP da Bélgica, que será disputado no próximo dia 24, no circuito de Spa-Francorchamps, com transmissão da TV Globo, às 9h da manhã.
Fonte: Globo Esporte