O terrível acidente de esqui sofrido no final do ano passado quase custou a vida de Michael Schumacher. O recordista de títulos da Fórmula 1 só sobreviveu porque utilizava um capacete quando bateu a cabeça contra uma pedra, nos Alpes Franceses. O impacto foi tão forte que a peça se dividiu em duas partes e não conseguiu proteger o heptacampeão de lesões e sequelas. Por isso, Gary Hartstein, médico-chefe da F-1 entre 2005 e 2012, criou um abaixo-assinado na internet para que o presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, ajude outras modalidades esportivas a adotar cascos mais seguros e resistentes, como os já existentes na principal categoria dos esportes a motor.
- O trágico acidente de esqui de Michael Schumacher deixou bem claro que a maioria dos capacetes é incapaz de reduzir lesões na cabeça. As normas de homologação estão defasadas, não existem dados sobre os tipos de lesão e os atletas acreditam, erroneamente, que a proteção para a cabeça realmente existe. A FIA foi responsável pelo desenvolvimento de um novo modelo de capacete que já salvou muitas vidas no automobilismo. Os bancos de dados e as informações técnicas poderiam ser aproveitados para ajudar outras federações esportivas, entidades e autoridades a desenvolver capacetes que realmente FUNCIONEM. Todos que usam um capacete, para trabalho ou lazer, devem ter certeza de estarem seguros. Até agora, a confiança dessas pessoas está sendo traída. A FIA tem perfeitas condições para assumir a liderança neste aspecto vital da saúde pública. A hora é agora - afirma a petição criada pelo Dr. F-1.
Os paramédicos que participaram do socorro a Schumacher afirmaram que havia muito sangue no local do acidente. Ele foi levado de helicóptero ao hospital Moutier, a 17km do local, menos de dez minutos após a queda. Logo depois, foi removido para outro hospital, em Grenoble, onde permaneceu internado, em coma, até o mês passado. Atualmente, o heptacampeão recebe tratamento em um hospital de Lausanne, na Suíça, e, segundo a imprensa europeia, já consegue se comunicar com sua família por meio dos movimentos dos olhos. O quadro clínico do ex-piloto estaria apresentando melhoras consideráveis e, de acordo com as reportagens locais, ele pode voltar para casa no fim de agosto.

Fonte: Globo Esporte