Terminou por volta de 4h (5h no horário de Brasília) a rebelião no presídio de segurança máxima de Vilhena , em Rondônia, município a 700 km de Porto Velho. Os presos encerraram o motim após apresentarem uma série de reivindicações ao juiz Adriano Toldo. Um promotor de Justiça e policias militares também participaram das negociações, que duraram oito horas.
A rebelião deixou seis feridos - todos detentos -, transferidos ao Hospital Regional de Vilhena. Não há informações sobre o quadro de saúde do grupo.
O motim havia começado por volta das 20h (21h no horário de Brasília). Os presos querem, dentre outras reivindicações, horário de visita ampliado, afastamento do diretor do complexo, transferência de presos e permissão para fumar.
Cumprem pena no presídio, 216 detentos do regime fechado.
De acordo com a Polícia Militar (PM), as duas alas - A e B - foram tomadas pelos presos, que cortaram a energia do local e colocaram fogo em lençóis e colchões. Na ala A ficam os presos com menor grau de periculosidade. Os presos da ala B invadiram um corredor.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) e o comandante da PM, Paulo Gonçalves, os presos reclamam ainda do banho de sol.
Familiares dos presos começaram a chegar por volta das 23h no presídio que fica na BR-364, distante cerca de 15 km da região central de Vilhena. A visita, que acontece todas as sextas-feiras, foi suspensa temporariamente em virtude da ação dos presos.
A esposa de um detento, Letícia Lima, contou ao G1 que passou na unidade de saúde, mas os nomes dos presos não foram informados. "Estamos sem notícia. A polícia não informa nada. Não sabemos se tem feridos ou mortos. O que disseram é que a visita está suspensa", diz Letícia.
As mulheres de alguns presos entraram no presídio a pedido dos presos para ajudar nas negociações.
O presídio
O Centro de Ressocialização Cone Sul foi inaugurado em 2012 e tem capacidade para 256 presos. Em maio, oito presos fugiram após o banho de sol, mas a falta deles só foi percebida no dia seguinte após a contagem. Dos oito, seis continuam foragidos.
Fonte: G1.com