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Ocupação da Maré será feita em abril e contará com 4 mil homens
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RIO — A ocupação pelo Exército do Complexo da Maré, na Zona Norte, considerado uma área estratégica por ficar entre as principais vias expressas da cidade, já tem data: de 7 a 10 de abril. Em reunião realizada nesta segunda-feira no Comando Militar do Leste (CML), ficou definido que pelo menos quatro mil homens — mais que os 2.700 usados no Alemão — serão necessários para a ação, que vai contar ainda com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), sob o comando do Exército, amparados pelo manual de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), atualizado no fim do ano passado. Por meio desse instrumento, o Exército ganha poder de polícia para patrulhar, efetuar prisões e revistar casas — com mandado de busca e apreensão, neste último caso. Durante a atuação da Força de Pacificação, feita por militares nos complexos do Alemão e da Penha em 2010, a Justiça expediu um mandado coletivo.

O anúncio oficial de que o Exército iria atuar na Maré foi feito na manhã desta segunda-feira pelo secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, após reunião entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governador Sérgio Cabral e a cúpula da segurança das esferas federal e estadual. Os detalhes do planejamento ficaram com os setores de inteligência da Secretaria de Segurança, das polícias Civil e Militar e do comando do Exército. Segundo uma fonte presente ao encontro, será seguida a estratégia adotada nas ocupações do Alemão e da Penha: dividir a região em várias áreas de atuação, para depois atribuir responsabilidades. Com isso, o Bope também terá um setor do qual cuidar. Como o efetivo terá que ser grande, além da Brigada Paraquedista — de emprego estratégico —, serão arregimentados militares de outros estados. Outro ponto discutido foi o desgaste da tropa, que também será empregada no policiamento durante a Copa nos locais onde ficarão as autoridades, bem como nas eleições.

Beltrame explicou que a Polícia Federal vai ajudar com o serviço de Inteligência, enquanto a Polícia Rodoviária Federal vai auxiliar no cerco aos acessos, nos mesmos moldes da ocupação do Alemão. Segundo ele, a ocupação servirá de preparação para instalar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), com cerca de 1.500 homens:

— Nós não estamos pensando na Copa do Mundo, estamos pensando no cidadão brasileiro. Nós estamos pensando nos policiais que estão morrendo covardemente em função do tráfico, que está perdendo força. A prova de que nossa política está certa é essa. Eles estão, de maneira covarde, procurando fazer com que esse programa não siga em frente. Vamos mostrar a eles que o Estado tem mais força.

Homens do Grupamento Aeromóvel, da PM, vão patrulhar trechos do Canal do Cunha e da Baía de Guanabara, ao longo das favelas da Maré. Segundo um militar que participou da reunião, a maior dificuldade da ocupação será lidar com as duas facções rivais e a milícia que dominam o complexo.

‘Vão permanecer o tempo necessário’

De acordo com Cabral, o efetivo a ser empregado nas comunidades ainda não foi definido, mas a ocupação será por prazo indeterminado.

— Solicitamos a GLO para o Complexo da Maré. A decisão está tomada. É um avanço na segurança pública, uma garantia no ir e vir, pois é uma área localizada entre as linhas Amarela e Vermelha, a Avenida Brasil e as futuras instalações da Transcarioca. A diferença para o que aconteceu no Complexo do Alemão é que essas comunidades não faziam parte das ações de pacificação em 2011. Agora é diferente, o Complexo da Maré está nas ações de pacificação para o segundo semestre deste ano: primeiro com as Forças Federais, depois com a Polícia Pacificadora — disse o governador.

Segundo o ministro Cardozo, não há prazo definido para a permanência das tropas no Rio. Ele acrescentou que serão utilizados homens da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional e das Forças Armadas.

— Eles vão permanecer o tempo necessário. O que eu posso dizer é que essa é uma ação definitiva — disse Cardozo. — O legado da Copa será de colaboração entre os entes federativos. Juntos, somos mais fortes. Diferenças políticas ficam de lado quando há necessidade da população.

Ele ressaltou que as Forças Armadas só podem exercer atividades de segurança pública, segundo a Constituição, em dois momentos: em região de fronteira e quando for necessária a GLO. Neste caso, é preciso haver solicitação do governo do estado e autorização da Presidência.

— A primeira etapa é a ocupação do espaço territorial, para criar o terreno para a pacificação. A presença do Estado no Complexo da Maré veio para não mais terminar — disse Cardozo, assegurando que a ação não vai atrapalhar o planejamento de segurança para a Copa. — Nós temos um plano para a Copa do Mundo muito bem desenvolvido. Podem ter certeza de que o Brasil está muito bem capacitado para receber os turistas.
 
 
 
 
 
 
Fonte: Globo

 

 

 

 

 


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