O Jornal das Dez revelou com exclusividade uma sequência de 47 fotos em que a Polícia Federal flagrou a ação da família de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, para tentar ocultar provas da Operação Lava Jato. Por causa disso, Paulo Roberto foi preso. E está indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e participação em organização criminosa.
São imagens do circuito interno do prédio onde funciona o escritório da consultoria Costa Global, de propriedade de Paulo Roberto. Enquanto ele prestava o primeiro depoimento, em 17 de março, dia da operação Lava Jato que prendeu o doleiro Alberto Yossef, dois casais – apontados pela Polícia Federal como filhas e genros de Paulo Roberto – retiravam os documentos do escritório.
O relatório produzido pela Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro mostra nas primeiras imagens que Ariana, filha de Paulo Roberto, e o marido, Márcio Lewkowicz, chegaram no prédio do escritório, localizado no bairro da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, às 9h16. Logo depois, os dois aparecem no elevador. O genro sem nada nas mãos. Três minutos depois, Márcio utiliza novamente o elevador, portando uma mochila preta e uma bolsa preta de mão. Outras imagens mostram ele se aproximando do carro para em seguida deixar a mochila e a bolsa na mala do carro.
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Na sequência, ele volta para a portaria do prédio e entra no elevador usando aparelho celular. Em 12 minutos, o genro de Paulo Roberto usa o elevador pela segunda vez, segurando agora uma sacola branca. Ele sobe com as mãos vazias. E repete pela terceira vez a operação de levar documentos para o carro, dessa vez, com uma mochila preta nas costas. Nesse momento, as imagens mostram que Márcio se encontra no estacionamento com outro genro de Paulo Roberto, Humberto Mesquita.
As 10h35, Márcio entra no elevador para descer com um saco plástico branco e verifica algo na sacola. Em seguida, deixa a sacola branca no carro. Outras imagens mostram que a filha Ariana entra no elevador com um notebook e com sua bolsa pessoal e que Marcio também carrega um notebook.
O relatório da Polícia Federal mostra que a outra filha de Paulo Roberto, Shanni, e o genro Humberto também chegaram cedo ao escritório, as 9h20 da manhã. Ela de roupas de academia e com duas bolsas – uma tipo bagagem, segundo a PF. Ele está de terno e segura um notebook. Na sequencia, ela entra no elevador, mas sem a bolsa estilo bagagem. Em outro momento, Humberto entra no elevador. Mas ele não está com o notebook. Meia hora depois, a filha deixa o prédio. Logo depois, o casal está no estacionamento e se despede de Márcio, o outro genro.