O jornal Extra divulgou uma foto nesta sexta-feira (25) que confronta a informação inicial da perícia, de que não seria possível dizer se o dançarino do programa "Esquenta!", Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, havia sido baleado. A imagem mostra DG dentro da creche onde ele foi encontrado, no Morro do Pavão-Pavãozinho, Zona Sul do Rio, com o corpo encostado numa parede. Nas costas há uma marca semelhante a um tiro, como mostra o Bom Dia Rio.
Na última terça-feira (22), dia em que o corpo de Douglas foi encontrado, a polícia informou que a perícia preliminar, chamada de laudo de local, apontava que a morte do dançarino poderia ter ocorrido por conta de uma queda. Nesta quinta-feira (24), o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, afirmou em entrevista ao programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da TV Globo que a afirmação foi prematura.
De acordo com o laudo do exame de corpo de delito divulgado posteriormente, uma bala atingiu as costas de DG, perfurou o pulmão e saiu pelo braço direito. O delegado Gilberto Ribeiro, da 13ª DP (Ipanema), que investiga o caso, explicou porque, no primeiro momento, a perícia informou que não havia perfuração no corpo do dançarino.
"Foi um comentário que o perito fez no local para os nosso policiais, que não teria encontrado. Mas quando a pessoa está machucada e existem crostas de sangue, é difícil para um perito que não vai lavar o corpo identificar um orifício de entrada ou de saída. Isso não necessariamente é uma falha da perícia, é uma contingência da situação", disse o delegado.
O laudo do IML também indica que DG tinha várias escoriações, no rosto, joelhos, cotovelos , punhos e no tórax. A mãe do dançarino, Maria de Fátima Silva, tem acusado nos últimos dias policiais de terem espancado Douglas antes de sua morte. O delegado disse que não tem elementos até o momento para confirmar a acusação. "Aquela situação de tortura, espancamento, a gente não consegue afirmar no primeiro momento", explicou Ribeiro.