Duas manifestações fecham as estações Pirajá e Mussurunga, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (11). De acordo com a Transalvador, rodoviários bloqueiam a entrada e a saída de veículos nos terminais e complicam o trânsito nas regiões. Segundo o órgão de trânsito, os trabalhadores reivindicam o pagamento da gratificação pelo serviço no carnaval.
Na Estação Pirajá, a Transalvador informou também que a própria população revoltada com o protesto no terminal fechou dois sentidos da BR-324. Por volta das 7h, o grupo liberou uma das pistas de cada via. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA), o protesto já deixa 7 km de congestionamento no sentido Salvador-Feira de Santana.
O G1 entrou em contato com o Sindicato dos Rodoviários, que informou não estar à frente da ação. Segundo Tiago Ferreira, diretor da entidade, representantes do sindicato foram para as estações resolver a situação junto aos trabalhadores.
O protesto nesta sexta-feira é o quarto realizado por rodoviários em uma semana. A categoria já tinha realizado uma manifestação na Estação Pirajá na última sexta-feira (4), além de bloqueios na Estação Mussurunga e no fim de linha do bairro da Ribeira.
A Transalvador orienta motoristas e pedestres que evitem passar pelas estações Pirajá e Mussurunga. Segundo o órgão de trânsito, como alternativa, os usuários de ônibus podem pegar os coletivos dentro dos próprios bairros onde residem.
Motivação
Segundo os rodoviários, a prefeitura pagou mais de R$ 400 mil para que o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Bahia repassasse o dinheiro para a categoria. No entanto, Hélio Ferreira, presidente do sindicato, informou que o sindicato ainda não recebeu o dinheiro. Segundo ele, a entidade está em fase de organização da documentação para poder firmar o convênio com a Salvador Turismo (Saltur), órgão da prefeitura da capital baiana, e realizar o repasse aos trabalhadores.
"O sindicato ainda não recebeu o dinheiro. Estamos concluindo a documentação para concretizar o convênio. Nós já informamos isso, mas eles estão revoltados porque algumas pessoas receberam antes. Isto porque o convênio está sendo realizado pela primeira vez, foi muita discussão", afirma o presidente do sindicato.