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Câmera registra assassinato durante negociação de metralhadora em SP
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A câmera de um quiosque de praia registrou, no início do ano, um assassinato cometido por um suspeito de ser agente financeiro da facção criminosa que atua dentro e fora das prisões paulistas. O vídeo, obtido pelo SPTV, foi usado na investigação que terminou na prisão de Rodrigo de Oliveira Moura, de 36 anos, nesta terça-feira (12), em São Paulo.
 
As imagens gravadas na madrugada de 3 de janeiro, no calçadão da praia da Enseada, em Guarujá, no litoral paulista, mostram inicialmente o dono do quiosque de costas. Segundo a polícia, ele era ligado à facção. Um rapaz se aproxima com uma toalha laranja e se apresenta como empresário. Com ele havia uma metralhadora, que é mostrada ao grupo em volta de uma mesa.
 
O vídeo mostra o rapaz instalando um silenciador, carregando a arma e, aparentemente sem querer, disparando. O dono do quiosque foi atingido por oito tiros e morreu. O homem que fugiu com a metralhadora é Moura. Ele foi preso na casa de seu sogro, na Zona Leste da capital.
 
A polícia descobriu oito apartamentos na região do Tatuapé, na Zona Leste da capital, e duas lojas de carros na região da Avenida Aricanduva em nome de Moura. Foram apreendidos um Mustang, avaliado em R$ 200 mil e uma moto Harley-Davidson que custa R$ 70 mil. O G1 não localizou a defesa de Moura para comentar a prisão.
 
Corregedoria
 
O caso estava na delegacia sede de Guarujá. Como o autor do disparo só prestou depoimento e saiu da delegacia pela porta da frente, o delegado responsável pelo caso passou a ser investigado.
 
A Corregedoria da Polícia Civil verificou que havia falhas na investigação do crime e assumiu o inquérito. Policiais descobriram que Moura apenas prestou depoimento e não foi indiciado pela posse de uma metralhadora. “Uma irregularidade acaba levando a outra, são sucessivas: a perda do prazo, o desestimulo ao prazo, a demora na instauração, a demora de determinados atos, a demora na coleta de uma prova ou de outra, a demora numa pericia”, disse o delegado corregedor Eduardo Assagra Ribas de Mello.
 
Agora, o órgão suspeita que Moura seja agente financeiro da quadrilha e que tenha ligação com policiais. “A facção criminosa pode ter, nesse caso, de alguma forma se alicerçado em algum favorecimento por parte de algum funcionário publico, desde uma corrupção até um favorecimento”, disse o delegado Mitiaki Yamamoto, divisionário de Crimes Funcionais da Corregedoria.
 
 
 
 
 
Fonte: G1.com

 

 

 

 

 


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