Em vídeo postado na internet nesta segunda-feira (14), Durval Lelys anunciou que vai seguir carreira solo e que o Asa de Águia fará uma pausa por tempo indeterminado. O cantor está tentando ficar com a banda no fim de sua sociedade com o empresário Marcelo Brasileiro, que o acompanha desde o início da carreira. Eles são sócios da banda, dos blocos (Me Abraça e Cocobambu), de eventos fechados por todo o país (Trivela do Asa), além da produtora Duma, que funciona na Boca do Rio e administra todos os negócios da holding, que detém também um dos estúdios de gravação mais modernos do país.
Acontece que o caso pode demorar para se resolver e corre o risco de parar nos tribunais, em uma longa batalha judicial, o que impediria de Durval se apresentar com o nome Asa de Águia até que tudo seja resolvido. Por conta disso, Durval vai se apresentar em alguns eventos usando seu nome, até que consiga novamente o direito de usar o nome do grupo, um dos mais famosos na história da axé music. Especula-se que Marcelo estaria pedindo uma verdadeira fortuna, coisa de dezenas de milhões, para passar sua parte para Durval, o que estaria gerando grande desgaste entre os dois, segundo informaram fontes exclusivas do Varela Notícias.
CRISE FINANCEIRA
Mas nos bastidores também existe uma versão de uma crise financeira no grupo, que teria ocorrido principalmente pelo reflexo da crise financeira em que vive o axé music no Brasil. Os lucros caíram, os blocos não arrastam mais multidões e hoje em dia não é fácil vender abadás como antigamente. Os cantores das bandas famosas descobriram o básico: que sozinhos, eles lucram mais.
ABADÁS DESVALORIZADOS
O Me Abraça, do Asa de Águia, já foi um dos blocos mais caros da capital baiana. Apesar de cobrar no Carnaval de Salvador deste ano, em média, R$ 900 por dia, no mercado informal de abadás os cambistas de queixavam de não conseguir vender o abadá por mais de R$ 400.
Fonte: Globo ESPORTE