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Arcade Fire e Soundgarden fecham Lolla Chile para 80 mil neste domingo
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Arcade Fire e Soundgarden tocaram neste domingo (30) no segundo e último dia de Lollapalooza 2014 no Chile. Foram 12 horas de música no Parque O’Higgins, em Santiago. As duas bandas representaram bem os tipos de atração que se alternaram: veteranos reverenciados, que garantiram aprovação mais por sua história que pela inspiração recente (Soundgarden e outros) e nomes mais novos que estão no auge criativo e com disposição no palco (Arcade Fire e mais). O público foi de 80 mil pessoas, assim como no sábado, segundo a organização.

O evento em Santiago antecipou a edição brasileira, marcada para os dias 5 e 6 de abril, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A programação será quase igual à chilena. A atração principal do primeiro dia, no entanto, será diferente em SP. Em vez dos Red Hot Chili Peppers, que tocou no sábado em Santiago, o Lolla no Brasil terá o Muse.

No grupo dos nomes consagrados, Pixies, New Order e Johnny Marr, ex-Smiths, fizeram boa companhia ao Soundgarden. Esses shows não foram tão enérgicos quanto o de novatos, mas tiveram a vantagem de repertórios mais conhecidos. Nessa seara, só Julian Casablancas não conseguiu aproveitar o pedigree de líder dos Strokes. Ele espantou os fãs da frente do palco. Com distorção e microfonias que tornavam o show quase inaudível, Julian foi a maior decepção do evento.

No bando dos nomes em ascensão, além do Arcade Fire, Vampire Weekend, Portugal the Man e Lorde conseguiram converter elogios da crítica em aprovação do público. A neozelandesa de 17 anos causou histeria e mostrou desenvoltura no palco. Ela abraçou a bandeira do Chile e fez suas danças estranhas em todo o show, inclusive no hit “Royals”.

Shows de encerramento
O Arcade Fire fez o show mais aclamado do Lollapalooza Chile neste ano. Acima do palco, enormes placas metálicas refletem a iluminação, simbolizando o título do álbum mais recente e da turnê, “Reflektor”. Este é só um exemplo do cuidado dos canadenses com o espetáculo, que inclui cabeças gigantes de bonecos, inspirados no carnaval haitiano. Ao vivo, o sexteto dobra o número de músicos. São mais três percussionistas – às vezes, Régine Chassagne também dá uma força nos batuques. O marido dela e líder da banda, Win Butler, já começa o show descendo do palco para o corredor ao lado do público, em “Reflektor”.

Soundgarden (Foto: Divulgação / Lollapalooza Chile)Soundgarden (Foto: Divulgação / Lollapalooza Chile)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Win canta um trecho de “Wave of multilation”, em homenagem ao Pixies, e versos de “Temptation”, do New Order. A banda britânica tocou logo depois dos canadenses, no Palco Playstation, ao mesmo tempo do Soundgarden. No Brasil, a concorrência será entre New Order e Arcade Fire. Antes do bis, pessoas vestidas com as máscaras, que se identificam como The Reflektors, fingem tocar, uma versão em espanhol de Smiths, em uma brincadeira com Johnny Marr. O Arcade Fire termina com papel picado e ritmo de carnaval, em “Here comes the nightime”, seguida de “Wake up”. Os chilenos não adotaram as fantasias de baile de gala de carnaval, adereço que figurou em shows anteriores do Arcade Fire.

A concorrência com o New Order e o cansaço do público no fim da noite de domingo esvaziaram um pouco o show do Soundgarden. O espaço à frente do palco tinha muita gente, mas não tanto quanto no show de encerramento do sábado, com Red Hot Chili Peppers.

A banda de Seattle, no entanto, está mais afiada e disposta que os californianos, mesmo com menos hits. O vocalista Chris Cornell pediu para o público abaixar câmeras e celulares no meio de “Outshined”. Ele anunciou o aniversário de 20 anos do disco “Superunknown” ao tocar a faixa-título, uma das mais animadas da noite. A empolgação só baixava com as faixas mais recentes, do disco “King animal”. Nem o ótimo riff de “Been away too long” causou muita reação. Não faltaram os hits grunge “Black hole Sun” e “Spoonman”.

O New Order fez um show com o espaço reduzido do Palco PlayStation quase lotado no início, fechando o festival ao mesmo tempo do Soundgarden no palco principal. Logo após “Regret”, no início do show, a banda tocou uma música pela primeira vez em show. A faixa pesada e acelerada foi anunciada com pompa por Bernard Summer. “Nunca tínhamos tocado essa ao vivo antes”.

Lorde (Foto: Divulgação / Lollapalooza Chile)Lorde (Foto: Divulgação / Lollapalooza Chile)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lorde causa histeria
Comparada a um personagem de filme de Tim Burton pela imprensa chilena, Lorde se mostrou muito mais sorridente e desinibida que as letras ou a idade (17) podem fazer supor. “Pedi dicas de algo para dizer para vocês no palco e alguém me falou para gritar: ‘Viva Chile, merda”, ela conta, aos risos.

A garota também narra uma longa história de como compôs a música “Ribs” após uma festa organizada pela irmã na casa dos pais, escondida dos adultos. Dá para imaginar a jovem na festa clandestina fazendo a mesma dancinha esquisita de “Easy”, cover da faixa do produtor norte-americano Son Lux. “Royals”, maior sucesso, fica mais para o fim.

A apresentação aconteceu em um palco alternativo, quase ao mesmo tempo do Pixies no espaço principal. No Brasil, a coincidência será com o Phoenix.

O Pixies se esforça, mas não parece ter a mesma energia da melhor fase da banda, no final dos anos 80 e início dos 90. O baterista David Lovering aparenta cansaço. Além disso, as músicas novas, do álbum que sai em 2014, frustram o público que só espera as conhecidas.

A boa sequência de “Here comes your man”, “La la love you” e “Ana” introduz a ducha de água fria da recente “Silver snail”. Depois que a banda toca “Where is my mind” (com bons vocais de Paz Lechantin, baixista que substitui Kim Deal), muita gente vai embora, em direção ao palco do Arcade Fire. Eles perdem o bom final com “Vamos!”, em que o guitarrista Joey Santiago faz barulho até ao passar a ponta do cabo da guitarra nos dentes.

Julian Casablancas (Foto: Divulgação / Lollapalooza Chile)Julian Casablancas (Foto: Divulgação / Lollapalooza Chile)

Distorção de Casablancas
Julian Casablancas cantou quase todo o tempo de costas para o público, com jaqueta de couro da banda punk britânica GBH. O fluxo de fãs que se espremeram perto do palco no início do show foi quase igual ao de pessoas voltando para trás quando as primeiras músicas se revelaram emaranhados de distorção e microfonias difíceis de suportar.

A banda que o acompanha, The Voidz, faz um punk com ótimo baterista e mais quatro músicos cuja técnica não é possível de ser avaliada no meio de tanto barulho.

O show é difícil até no telão, que passa borrões de cores, como TV fora de sintonia, em vez do show. Os fãs que resistem pedem Strokes sem parar. Julian toca uma versão com guitarras em fúria de “Ize of the world” e uma “Take it or leave it” limpa (para os padrões da tarde). O resto é da carreira solo e do disco que será lançado com o Voidz.

O Vampire Weekend consegue fazer ao vivo arranjos ainda mais detalhados e bem cuidados que as faixas de estúdio. A banda novaiorquina dá novos efeitos vocais a “Step” e outras frases de guitarra a “Horchata”.

O público dança do início ao fim, sem esperar os hits – já que sucessos radiofônicos não são o forte do grupo. A postura do quarteto é séria, mas nem tanto, vide os pulos e reboladas do baixista. Eles tentam ensinar o coro de “ooô” de “Horchata” e já ganham a plateia desde os primeiros segundos de “Cape Cod Kwassa Kwassa”.

Mais cedo, o Portugal the Man ganhou os chilenos com rock psicodélico cheio de mudanças de dinâmica. O show funciona das faixas arrastadas às eufóricas, como a esperta “Modern Jesus”. A banda norte-americana nem precisava tocar uma versão climática com sintetizadores de “Another brick in the wall part 2”, do Pink Floyd, para ganhar o público que não o conhecia.

 
 
 

 

 

 

 

 


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