O advogado, marido de uma juíza do Trabalho e parente do ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU) Jorge Hage, identificado como Ricardo Lopes Hage, está preso na sede da Coordenação de Polícia Interestadual (Polinter), nos Barris, em Salvador, acusado de extorsão e crimes sexuais pela internet.
A prisão temporária de 30 dias, iniciada na última sexta-feira (18), foi solicitada pela Justiça após denúncias de mulheres e até adolescentes que se diziam vítimas de chantagem do jurista. O sigilo telefônico do advogado foi quebrado, bem como expedidos mandados de busca e apreensão para capturar, segundo o processo, “fotos, papéis, celular, aparelhos eletrônicos e qualquer mídia que armazene dados, incluindo-se disquetes, CDs, DVDs, pendrives, HDs externos, CPUs e cartões de memória, que estejam em poder do investigado e na sua residência”, situada em um condomínio de luxo no bairro de Patamares.
De acordo com as investigações do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública, lideradas pela delegada Susy Anne Brandão, Ricardo Lopes Hage se escondia atrás de um perfil feminino falso no Facebook. Mulheres e adolescentes se diziam vitimas de chantagem do jurista. Ele passava-se na internet como mulher, conquistava a amizade das “amigas” e pedia fotos íntimas, conseguia número de telefone e fazia propostas indecentes. Depois se identificava como homem, enviava imagens obscenas e ameaçava divulgar na internet o teor do contato, caso não obtivesse sexo. O processo já está em segunda instância e corre na Segunda Turma da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Fonte: Varela Notícias