Velocidade. É com ela que a seleção brasileira pretende conquistar o décimo título do Grand Prix de vôlei feminino. O técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães espera muita agilidade de sua equipe na armação das jogadas para desbancar as altas e fortes rivais na competição que servirá de aquecimento para o Mundial, disputado entre setembro e outubro, na Itália. Apostando no sucesso da mistura de atletas experientes, como as bicampeãs olímpicas Sheilla e Jaqueline, e novos destaques, como Carol e Gabi, o Brasil estreia nesta sexta-feira, a partir das 12h30, contra a China, no Pala Serradimigni, em Sassari, na Itália. O SporTV transmite a partida ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.
A inédita medalha de ouro no Mundial é o principal objetivo da seleção feminina de vôlei para esta temporada. Para chegar lá entrosada e pronta para fazer história, porém, a equipe brasileira pretende usar o Grand Prix 2014 como treinamento de luxo. O atual campeão do torneio e dono de nove títulos é um dos principais candidatos a ocupar o lugar mais alto do pódio, mas terá pela frente equipes de peso, como Estados Unidos, Rússia e China.
- Hoje não tem como falar em favoritismo, tanto é que a gente perdeu os quatro jogos amistosos para os Estados Unidos. Todas essas lições com esses jogos vão dando informações para a gente. Hoje é muito competitivo. Eu não vejo nenhuma equipe grande favorita para o Grand Prix e para o Mundial. Acho que tem várias equipes no mesmo nível. A disputa vai ser muito grande, e a gente tem que visar chegar no pódio, fazer o melhor que a gente pode – afirmou Zé Roberto Guimarães.
As quatro derrotas para os Estados Unidos nos amistosos realizados no início de julho fizeram o treinador acelerar os treinamentos. Literalmente. A cobrança por velocidade na formação das jogadas aumentou nas últimas semanas de trabalho, de olho nas altas jogadoras dos times adversários. A seleção brasileira, que está no grupo C na primeira rodada do torneio, terá adversários difíceis logo de cara: China, Itália e República Dominicana.
- Nosso primeiro adversário é a China. Como é um time asiático que joga com velocidade, a gente tem que procurar acelerar também o nosso jogo, a nossa transição da defesa para o contra-ataque. Acho que o time melhorou nos últimos dias. Elas estão mais rápidas. O time já está com uma velocidade diferente, já está se posicionando melhor. Está mais adequado à velocidade – avaliou o treinador.
A renovada equipe chinesa promete dar trabalho para o Brasil logo na estreia no Grand Prix. Em sua décima segunda participação na competição, igualando o recorde de Sassá, a oposta Sheilla alerta para o poderio das novas jogadoras asiáticas.
- A gente joga contra a China logo no primeiro jogo, então é importante a gente adaptar a velocidade. China é uma seleção nova, mas é uma seleção que vem desde o ano passado muito forte, com jogadoras de 20, 22 anos chegando muito eficientes. Pegam a bola muito alto e muito rápido - destacou a bicampeã olímpica.
O time brasileiro disputa o Grand Prix com uma equipe que mescla novas promessas com jogadoras muito experientes. O grupo conta com quatro bicampeãs olímpicas (Sheilla, Jaqueline, Fabiana e Thaísa) e cinco campeãs olímpicas (Adenízia, Dani Lins, Tandara, Natália e Fe Garay). Juciely, Fabíola e Ana Tiemi são mais três veteranas que reforçam a equipe. O grupo das novatas inclui Gabi e Monique, que disputam apenas pela segunda vez a competição, Camila Brait, pela primeira vez como titular, e as estreantes Andréia, Carol e Léia.
A competição também marcará o retorno de Jaqueline às grandes competições desde os Jogos Olímpicos de Londres 2012. A ponteira de 30 anos passou quase dois anos longe das quadras para a chegada do filho Arthur, de sete meses. Preparada para o recomeço, ela aposta no sucesso da mistura entre a juventude e a experiência.
- Elas já estavam desde o ano passado jogando, fizeram uma grande campanha no ano passado. Esse ano também estão treinando bem, nos ajudando nos treinamentos. Eu acho que essa seleção pode vir a surpreender, porque vem treinando muito bem. Está todo mundo fazendo o trabalho bem feito e, se Deus quiser, vai dar tudo certo nesse Grand Prix. Nosso foco principal é o Mundial. Então, se a gente demonstrar que a gente está bem no Grand Prix, tenho certeza que no Mundial vamos estar tinindo – afirmou Jaqueline.
Fonte: Globo Esporte